A garota do poço

"Olá pobre almas, ontem conversava no MSN com um amigo, quando o mesmo me mostrou um conto de sua autoria, então li, gostei e pedi autorização para postar."

Em pleno século XVII no Japão feudal, uma bela jovem de nome Honami. A jovem era escrava de um grande senhor de terras e exércitos, seu nome era Mayu Kubasan. Honami que era de uma família humilde, sofria assédios diários de Mayu, mas sempre conseguia ficar longe dele. Depois de tantas recusas, Mayu arquitetou um plano para que Honami fosse completamente dele. Em um dia, Mayu entregou a Honami uma sacola com exatamente 9 moedas de ouro inglês, e dizendo que havia 10 moedas, para que ela guardasse por um tempo. Duas semanas se passaram e Mayu pediu as 10 moedas de volta, Honami ao perceber que continha apenas 9 moedas ficou desesperada, contou as moedas várias vezes para ver se tinha se exaltado e esquecido de contar alguma. Mayu ficou furioso por Honami “perder” uma de suas moedas, e disse que se ela aceitasse ser sua mulher ele esqueceria o erro dela. Honami pensou bastante e disse que preferia morrer ao casar com o Mayu, ele ficou furioso com a noticia da jovem, após pensar por alguns minutos Mayu pegou Honami e a jogou no poço da sua casa. Honami morreu depois de 3 horas com uma das pernas torcidas.

Logo após a morte de Honami, todas as noites, a alma dela aparecia no poço com uma expressão de tristeza, pegava o saco das moedas, e começava a contar, quando chegava na nona ela dava um suspiro de angustia e desaparecia. Mayu assistia tudo que acontecia todas as noites, e torturado pelo remorso do que tinha feito a jovem, pediu ajuda a seu amigo para dar um fim aquela maldição.

Depois de planejar como iria expulsar o fantasma do poço o amigo de Mayu se escondeu entre alguns arbustos perto do poço, até Honami aparecer e contar as moedas como fazia todas as noites. Quando o fantasma da jovem apareceu e contou as moedas até o 9, o rapaz escondido gritou: … 10!! O fantasma deu um suspiro de alivio e nunca mais apareceu.

Segundo fontes esta é uma lenda do século XVII, e uma das mas famosas do folclore japonês, mas me foi confirmada pelos próprios Honami e Mayu.

Autor: Erick Beckmann