A revelação, Parte 3 Final.
Leitores do nya finalmente todos saberam o final do relato pessoal. obrigado por terem lido. Obrigado exclusivo para a Violeta, Por ter proporcionado esse ótimo Relato pessoal a todos do N Y A.
-Continuação-
ele conversava com uma mulher, naquele momento, me senti aliviado com a presença dela. Cheguei envergonhado me desculpando e explicando o motivo do atraso. Lúcio não se importou, pelo contrário, me abraçou sorrindo e apresentou-me à mulher como seu melhor amigo. Ela sorriu e apertou minha mão. Sua mão estava gelada, o que me lembrou Helen, uma menina que havia estudado comigo na oitava série, que devido àquele toque frio sempre fugia das provas alegando que estava passando mal. Ele não me falou o nome dela, isso porque naquele momento nem mesmo ele sabia. Ela era linda, bem mais bonita que a Brenda. Tinha a pele bem clara, o cabelo era um loiro super loiro, difícil até de explicar, os olhos lindos, que lembravam o alto mar, seu corpo era esguio, como o de uma modelo, não era aquele tipo gostosona bundão, peitão, mas era perfeita; digo isso em todos os sentidos, porque fomos para uma parte reservada onde podíamos conversar e ela mostrou uma cultura enorme, que ia da história antiga até a atualidade, conhecia cada detalhe de qualquer país, de qualquer povo. Todas tragédias com seus motivos, enfim, ela era demais. Na hora eu tinha a total certeza de conhecê-la de algum lugar, imaginei que fosse devido à agradável conversa que estávamos tendo. Resolvi me mandar e deixar Lúcio com ela, afinal ele estava mesmo precisando conhecer pessoas do sexo oposto.
Fui pra casa e desabei novamente, mais sono pesado, acompanhado de mais pesadelo e sendo mais uma vez acordado, agora pelo toque do telefone. Atendi, era do jornal, queriam que eu fosse fotografar um acidente com vítimas. Xinguei, xinguei, porém acabei indo, afinal era o meu trabalho. Cheguei no local do acidente, dois carros haviam colidido de frente, um deles era um taxi e a cena que vi deixou minhas pernas tremendo, fazendo o ar sumir dos pulmões. Uma das vítimas era justamente o meu amigo Lúcio. Não queria acreditar naquilo, horas antes eu estava com ele, agora o meu amigo estava ali morto em frente aos meus olhos. Não sei se vocês já passaram por isso, mas a sensação de perder alguém querido assim, dessa maneira, é a pior do mundo. Percebi que mesmo depois de ter tirado todas aquelas fotos de cadáveres eu não conseguia me adaptar à morte, mais que isso eu detestava a idéia de morrer um dia. Fiz com muito esforço o meu trabalho e fui embora correndo para casa.
Chorei muito, Lúcio parecia ter encontrado a felicidade novamente, não merecia morrer. Fui para meu laboratório revelar as fotos, estava muito abalado com todo o ocorrido. Foi justamente quando a última foto começou a tomar forma que eu vi a imagem mais macabra da minha vida. Lúcio havia sido arremessado, como eu não tive condições de bater a foto de perto, eu tomei um pouco de distância, devido a isso na foto apareciam os populares além do corpo de Lúcio. E entre as pessoas estavam eles, Lúcio e a mulher da boate, abraçados, sorrindo e acenando para mim. Senti minhas pernas tremerem novamente, meu coração bateu aceleradamente, corri para a sala e virei um copo de uísque.
De repente algo me veio a cabeça. Corri e peguei todas as fotos que eu havia batido durante essa minha infeliz carreira. Não podia ser verdade, ela estava em todas. Tudo ficou claro naquele momento. Eu entendi porque eu tinha a sensação de conhecê-la, pior entendi porque suas mãos eram frias. Aquela mulher que eu conhecera era ninguém mais, ninguém menos que a morte. Aquela obsessão de Lúcio na verdade não era uma obsessão, ele havia se apaixonado pela morte, essa entidade maldita, ele foi o que ela sempre procurou, um companheiro que a amasse profundamente. Queimei todas as fotos, não queria ver aquelas imagens nunca mais.
Agora eles estão juntos, enquanto eu estou nessa clínica psiquiátrica, meus familiares me internaram pensando que estivesse louco, afinal, queimei as provas. E assim eu encerro essa história, meus amigos. Esperando e temendo o dia em que ela virá me buscar junto do meu finado amigo."
fim
Fui pra casa e desabei novamente, mais sono pesado, acompanhado de mais pesadelo e sendo mais uma vez acordado, agora pelo toque do telefone. Atendi, era do jornal, queriam que eu fosse fotografar um acidente com vítimas. Xinguei, xinguei, porém acabei indo, afinal era o meu trabalho. Cheguei no local do acidente, dois carros haviam colidido de frente, um deles era um taxi e a cena que vi deixou minhas pernas tremendo, fazendo o ar sumir dos pulmões. Uma das vítimas era justamente o meu amigo Lúcio. Não queria acreditar naquilo, horas antes eu estava com ele, agora o meu amigo estava ali morto em frente aos meus olhos. Não sei se vocês já passaram por isso, mas a sensação de perder alguém querido assim, dessa maneira, é a pior do mundo. Percebi que mesmo depois de ter tirado todas aquelas fotos de cadáveres eu não conseguia me adaptar à morte, mais que isso eu detestava a idéia de morrer um dia. Fiz com muito esforço o meu trabalho e fui embora correndo para casa.
Chorei muito, Lúcio parecia ter encontrado a felicidade novamente, não merecia morrer. Fui para meu laboratório revelar as fotos, estava muito abalado com todo o ocorrido. Foi justamente quando a última foto começou a tomar forma que eu vi a imagem mais macabra da minha vida. Lúcio havia sido arremessado, como eu não tive condições de bater a foto de perto, eu tomei um pouco de distância, devido a isso na foto apareciam os populares além do corpo de Lúcio. E entre as pessoas estavam eles, Lúcio e a mulher da boate, abraçados, sorrindo e acenando para mim. Senti minhas pernas tremerem novamente, meu coração bateu aceleradamente, corri para a sala e virei um copo de uísque.
De repente algo me veio a cabeça. Corri e peguei todas as fotos que eu havia batido durante essa minha infeliz carreira. Não podia ser verdade, ela estava em todas. Tudo ficou claro naquele momento. Eu entendi porque eu tinha a sensação de conhecê-la, pior entendi porque suas mãos eram frias. Aquela mulher que eu conhecera era ninguém mais, ninguém menos que a morte. Aquela obsessão de Lúcio na verdade não era uma obsessão, ele havia se apaixonado pela morte, essa entidade maldita, ele foi o que ela sempre procurou, um companheiro que a amasse profundamente. Queimei todas as fotos, não queria ver aquelas imagens nunca mais.
Agora eles estão juntos, enquanto eu estou nessa clínica psiquiátrica, meus familiares me internaram pensando que estivesse louco, afinal, queimei as provas. E assim eu encerro essa história, meus amigos. Esperando e temendo o dia em que ela virá me buscar junto do meu finado amigo."
fim
Nossa! Me surpreendeu! Parabéns ao autor (:
ResponderExcluirAchei o final corrido demais, mas a história foi muito boa. Parabéns pelo post, Lysander (:
ResponderExcluirNossa, que final incrível! Jamais esperei isso!
ResponderExcluirImpressionante, parabens ;)